A CONFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO ILUMINISTA E CRÍTICA: UM ESTUDO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO À LUZ DA FILOSOFIA KANTIANA E DO PENSAMENTO ADORNIANO

Resumo

Este artigo explora a noção de educação emancipatória, inspirada pelas filosofias de Adorno e Kant, visando o fomento de um pensamento crítico e reflexivo nos educandos. A análise parte de uma crítica à Indústria Cultural, destacando a urgência em ir além das demandas imediatistas e cultivar uma visão mais aprofundada sobre o papel da escola na sociedade. Dentro da moldura filosófica kantiana, a educação é percebida como um meio dialógico de autoexame e metamorfose, convidando educadores e estudantes a perseguir uma sociedade mais equânime e democrática. Através da lente da Escola de Frankfurt, a educação emancipatória reconhece a importância da historicidade, proporcionando a inserção de uma crítica construtiva no contexto educacional. O texto defende a necessidade de ir além de habilidades meramente técnicas, valorizando disciplinas como história, filosofia e artes. A ênfase recai sobre a promoção do diálogo e da colaboração entre alunos, encorajando métodos que favoreçam a participação, a troca e a partilha de vivências. A abordagem propõe uma discussão sobre questões de poder e subjugação na sociedade, integrando no currículo escolar saberes de grupos tradicionalmente à margem. Deste modo, concebe-se a educação emancipatória como um caminho para formar cidadãos conscientes e críticos, aptos a promover transformações sustentáveis no panorama sociopolítico e cultural.